Violência obstétrica: um desafio para Psicologia

Autores

  • Agnes Carolinne Alves de Souza Faculdade Integrada Brasil Amazônia (FIBRA)
  • Márcio Bruno Barra Valente Universidade da Amazônia (UNAMA)

Resumo

No artigo objetiva-se investigar a violência obstétrica no contexto da saúde pública. Tendo esta finalidade, buscou-se, nas pesquisas indexadas o esclarecimento acerca da definição de violência obstétrica, dos índices da sua ocorrência no Brasil e ainda sobre dos procedimentos obstétricos. Assim como o mapeamento das legislações e políticas que envolvem o parto e a saúde da mulher gestante e do recém-nascido. A violência obstétrica, apesar de se constituir como um problema comum nas maternidades brasileiras, conforme pesquisas e índices nacionais, permanece sendo pouco investigada pela Psicologia, seja como objeto de analise, seja como constatação a ser alterada. Deste modo, ela ainda se mantém como um desafio para a efetivação dos direitos constitucionais das mulheres gestantes e os recém-nascidos.

Biografia do Autor

Márcio Bruno Barra Valente, Universidade da Amazônia (UNAMA)

Professor da Faculdade de Ciências Humanas (ESUDA). Mestre em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Pernambuco (2012), sendo bolsista pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (FACEPE). Graduado em Psicologia pela Universidade da Amazônia (2009), onde foi bolsista do Programa de Iniciação Científica por dois anos consecutivos. Também é graduado em Ciências da Religião pela Universidade Estadual do Pará (2005). Integrou o Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades - GEMA (cadastrado no CNPq desde 1998), no qual, participava de projetos que aliam ensino, pesquisa e extensão em temas relativos à gênero, feminismo, masculinidades, saúde, homens e masculinidades, paternidade, violência e diversidade sexual a partir do estudo das práticas discursivas e produção de sentidos no cotidiano, assim como das relações de poder e processos de subjetivação, integrando campos de saber interdisciplinares como Psicologia Social, Linguagem, Saúde Pública e Direitos Humanos. Atualmente desenvolve pesquisas sobre Não-violência, Espiritualidade e Política a partir de autores como Michel Foucault, Martin Buber, Gandhi, Martin Luther King, Giorgio Agambem. Ademais, atua na clínica psicológica (CRP-02/15194) a partir da Abordagem Centrada na Pessoa.

Referências

AGUIAR, J.M. de; D’OLIVEIRA, A.F.P.L; SCHRAIBER, L.B. Violência Institucional, autoridade médica e poder nas maternidades sob as óticas dos profissionais de saúde. Cadernos de Saúde Pública: Rio de Janeiro, 2013, vol. 29. p.2287-2296.

ANDRADE, B; P. AGGIO, C. de M. Violência Obstétrica: A dor que cala. In: Anais do III Simpósio Gênero e Políticas Públicas, ISSN 2177- 8248. UEL, Londrina, 2014.

ANDREUCCI, B.C. CECATTI, J.G. Desempenho de indicadores no processo do Programa de Humanização do Pré-natal e Nascimento no Brasil: Uma revisão sistemática. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2011. P. 1053-1064.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e Diretrizes. Editora do Ministério da Saúde. Brasília, 2011.

_______. Secretaria de Políticas Para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas Para as Mulheres 2013-2015. Brasília, SPM, 2013.

_______. Secretaria Especial de Políticas Para as Mulheres. Plano Nacional de Políticas Para as Mulheres 2005. Brasília, 2005.

_______. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização (PNH): A Humanização Como Eixo Norteador das Práticas de Atenção e Gestão em Todas as Instâncias do SUS. Brasília, 2003.

BRASIL. Portal Brasil. Constituição de 1988 é marco na proteção às mulheres. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2013/10/constituicao-de-1988-e-marco-na-protecao-as-mulheres. 03 de outubro de 2013. Acesso em: 20 de Outubro de 2015.

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Violência Obstétrica: Você sabe o que é?. São Paulo, 2013.

FARIAS, K.G. Quando a lente muda o retrato: Um olhar sobre a violência obstétrica. In: Anais XI Colóquio Nacional Representações de Gênero e Sexualidades. Campina Grande, 2015.

FIOCRUZ, Vídeo Saúde. Nascer no Brasil (Documentário), 02 de março de 2015. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Q9G5uyRKsyk Acesso em: 21/10/2015.

LEAL, M. do C. (Coord.). Nascer no Brasil: Inquérito Nacional Sobre Parto e Nascimento. Fiocruz, Rio de Janeiro, 2014.

PULHEZ, M.M. “Parem a violência obstétrica!â€: A construção das noções de “violência†e “vítima†nas experiências de parto. In: RBSE – Revista Brasileira de Sociologia da Emoção, v. 12, n. 35, pp. 544-564, Agosto de 2013. ISSN 1676-8965.

UFPI, Universidade Federal do Piauí. Nascer no Brasil: Resultados da maior pesquisa de partos e nascimentos. 06 de junho de 2014. Disponível em: http://www.ufpi.br/noticia.php?id=26414. Acesso em: 22 de Outubro de 2015.

Downloads

Publicado

2016-03-23

Edição

Seção

Artigos