Vida em “armários”: um diálogo entre a Teoria das Representações Sociais e as interações socioafetivas na perspectiva de gays e lésbicas em Recife-PE

Autores

  • Henrique Landim Santos Faculdade de Ciências Humanas ESUDA
  • Mellisa Maia Faculdade de Ciências Humanas ESUDA
  • Lilliane Tenório Faculdade de Ciências Humanas ESUDA
  • Mayara Ferreira Faculdade de Ciências Humanas ESUDA
  • Vivian Silva Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Resumo

Investigar a expressão “estar no armário” entre homens e mulheres gays e lésbicas residentes na cidade do Recife, sob a ótica da Teoria de Representação Social elaborada por Serge Moscovici (1978) e suas possíveis implicações socioafetivas. Métodos: Pesquisa Exploratória de Natureza Qualitativa sob a utilização de instrumento investigativo semiestruturado, e coleta de palavras relacionadas a expressão proposta por meio de associação livre em cinco homens e cinco mulheres autodeclarados gays e lésbicas. Foi promovida análise do material coletado e também a classificação dos termos arrolados por associação livre. As entrevistas captadas foram transcritas em Word e palavras captadas por associação livre listadas em Excel. Resultados: Coletados 29:57s (vinte e nove minutos e cinquenta e sete segundos) de áudio e 32 (trinta e duas) palavras arroladas para investigação e comparação. Discussão: A análise do conteúdo investigado permitiu apontar a acentuada correlação entre a expressão “estar no armário” e intenso sofrimento psíquico, indo além da compreensão semântica utilizada por determinado grupo social. Foi percebida representação social de caráter altamente nocivo e limitante, possuindo como base o preconceito e não aceitação das diferenças individuais relacionadas a orientação sexual dos entrevistados (as). As “barreiras de interação social” (MOSCOVICI, 1978) apresentaram-se como fator de não aceitação sócio familiar, estando diretamente correlacionada ao sentimento de não pertencimento a determinado grupo, o que impossibilitou os indivíduos de exercerem papéis sociais e relações afetivas saudáveis e absolutas. Conclusão: Tornou-se notória a inter-relação entre o preconceito e saúde mental, sendo fundamental maiores discussões sobre o tema.

Biografia do Autor

Henrique Landim Santos, Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Graduado em Relações Internacionais pela Estácio de Sá - Recife e Bacharelando em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA.

Mellisa Maia, Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Bacharelanda em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA.

Lilliane Tenório, Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Bacharelanda em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA.

Mayara Ferreira, Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Bacharelanda em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas ESUDA.

Vivian Silva, Faculdade de Ciências Humanas ESUDA

Doutora em Sociologia e Pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Criminalidade, Violência e Políticas Públicas de Segurança (NEPS/UFPE).

Referências

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Publicado

2018-01-26

Edição

Seção

Artigos