Representações Sociais sobre automutilação para adolescentes da rede estadual de ensino de Recife
Resumo
A automutilação enquanto objeto vem sofrendo ressignificações durante a sua trajetória histórica, aliada a significância que sua prática ocupa no cenário social e o recente crescimento do número de casos de violência autoprovocada no âmbito escolar. Assim, é de fundamental importância entender como questões relacionadas a esse tema se constroem nos indivíduos. Nesse sentido, foi adotado como objetivo da pesquisa compreender qual o conceito de automutilação naquele ambiente para adolescentes. Busca-se, ainda, localizar no repertório de respostas o conteúdo dos discursos, identificar e refletir as principais similaridades e investigar em que os discursos produzidos pelos sujeitos estão alicerçados. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário composto de doze perguntas, sendo utilizadas para esta pesquisa apenas seis delas, a primeira, discursiva, e outras cinco de múltipla escolha. O aporte teórico utilizado para realizar a análise das respostas foi a Teoria das Representações Sociais. Os sujeitos dessa pesquisa foram alunos de turmas de primeiro e segundo anos do Ensino Médio de duas escolas públicas da rede estadual da cidade de Recife. Acrescenta-se que a nossa pesquisa pode produzir subsídios para emitir um alerta àqueles que lidam direta ou indiretamente com o ambiente escolar, como também apresenta importância por tentar entender como os sujeitos investigados compreendem o tema.Referências
ARAÚJO, Juliana Falcão Barbosa de et al. O corpo na dor: automutilação, masoquismo
e pulsão. Estilos da clÃnica, v. 21, n. 2, p. 497-515, 2016.
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al. DSM-5: Manual diagnóstico e estatÃstico de transtornos mentais. Artmed Editora, 2014.
BELÉM, Rosemberg Cavalcanti. Representações sociais sobre indisciplina escolar no ensino médio. 2008.
Biblioteca Virtual em Saúde. (2015). DeCS–Descritores em Ciências da Saúde. Recuperado de http://decs.bvs.br.
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1963.
FALCÃO, Deusivânia Vieira da Silva; DIAS, Cristina Maria de Souza Brito (Org.). Maturidade e Velhice: Pesquisas e Intervenções Psicológicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. 1 v.
GUERRA, Luiz Antonio. Estereótipo. DisponÃvel em: https://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/. Acesso: 06/06/18
Organização Mundial de Saúde (2008) Classificação EstatÃstica Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde– CID-10.
MARCONI, Marina de Andrade. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos da metodologia cientÃfica. 7. Edição – São Paulo: Atlas, 2010.
MOSCOVICI, Serge. A representação social da psicanálise. Tradução de Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
MOSCOVICI, Serge. Representações Sociais: Investigações em Psicologia Social. Tradução: Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes. 2003.
SANTOS, Maria de Fátima de Souza. Representação social e a relação indivÃduo-sociedade. Temas psicol., Ribeirão Preto , v. 2, n. 3, p. 133-142, dez. 1994. DisponÃvel em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X1994000300013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 17 dez. 2018.
SÊGA, Rafael Augustus. O conceito de representação social nas obras de Denise Jodelet e Serge Moscovici. Anos 90, v. 8, n. 13, 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
-
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Hum@nae o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
-
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
-
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.