A categoria paisagem no pensamento latino-americano: algumas contribuições históricas e epistemológicas de Brasil e Colômbia

Autores

  • Cristiane Dambrós CLAEC - Centro Latino-americano de Estudos em Cultura

Resumo

A categoria paisagem trás consigo uma complexidade de reflexões e orientações para análise do espaço geográfico, onde a reprodução e emancipação social, cultural, econômica e política causam inquietações e interpretações distintas e subjetivas. Através dos fenômenos e manifestações espaciais inerentes à paisagem, será possível compreender sua importância na construção histórica e epistemológica do pensamento latino-americano. Nesse sentido, o objetivo esta em compreender como a categoria paisagem foi abordada no pensamento latino-americano, através da análise cognitiva impressas nos discursos de Antônio Cândido, Ariano Suassuna, Florestan Fernandes, Orlando Fals Borba e Manuel Zapata Olivella, além de suas experiênciações individuais que contribuem na construção da realidade a partir do reconhecimento de fatos no mundo a que pertencem. Em suma, esta pesquisa permitirá desvelarmos as representações paisagísticas e as geografias que pulsam nas obras destas grandes personalidades latino-americanas.

Biografia do Autor

Cristiane Dambrós, CLAEC - Centro Latino-americano de Estudos em Cultura

Bacharela em Geografia - UFSM, Mestra em Engenharia Civil e Ambiental - UFSM e Doutora em Geografia - UNESP/Rio Claro.

Referências

BERQUE, A. Paisagem-marca, paisagem-matriz: elementos da problemática para uma geografia cultural. In: CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Orgs.). Paisagem, tempo e cultura. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 84-91.

BORBA, Orlando Fals. Campesinos de los Andes. 5ª edição. Colombia: Editora: Punta De Lanza, 1978.

BORDA, Orlando Fals. Ciencia Propia y colonialismo intelectual. 3ª edição. Mexico: Editorial Nuestro Tiempo, 1973.

CALDERÓN, Patricia Asunción Loaiza; GUEDES, Ana Lucia Malheiros. Abordagem metodológica em estudos decoloniais: possível diálogo entre a análise crítica do discurso e as epistemologias do sul. In: XI Congresso Internacional de Administração da ESPM e XI Simpósio Internacional de Administração e Marketing, 2016, São Paulo. Anais... ESPM: São Paulo. 2016. p. 1-12.

CÂNDIDO, Antônio. Os parceiros do Rio Bonito: estudos sobre o caipira paulista e a transformação dos seus meios de vida. 12ª edição. Rio de Janeiro: Ouro sobre azul, 2010.

CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón (Org.). El giro decolonial: reflexiones para uma diversidade epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Siglo del Hombre Editores, Universidad Central, Instituto de Estudios Sociales Contemporáneos y Pontificia Universidad Javeriana, Instituto Pensar, 2007.

DIJK, Teun A. van. El análisis crítico del discurso. Anthropos. Barcelona, v. 186, p. 23-36, sept.-oct.,1999.

FAIRCLAUGH N; WODAK, R. Criticall discourse analysis. In: Djik, Teun A. van (Org.). Discourse Studies: A multidisciplinary introductions. v. 2, Discourse as social interaction, Londres: Sage, 1997.

FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente: e classes sociais na América Latina. 3ª edição. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981.

FERNANDES, Florestan. Organização social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1963.

GAUTTIERI, May Christiane Modenesi et al (Org.). A obra de Aziz Nacib Ab’Sáber. São Paulo: Beca-Ball edições, 2010.

LOWENBERG, J. S. Interpretative research methodology: broadening the dialogue. Adv. Nurs. Science, v. 16, n. 2, p. 57-69, 1993.

OLIVELLA, Manuel Zapata. Changó, el gran putas. Colección Conmemoración del Bicentenario de las Independencias. Ministério da Cultural: Bogotá, Colombia. 2010.

PARDO ABRIL, Neyla Graciela et al. Cómo hacer análisis crítico del discurso: Uma perspectiva latinoamericana. 2ª ed., Bogota: Universidad Nacional de Colombia Instituto de Estudios en Comunicación y Cultura (IECO), 2013.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidad y modernidad/racionalidad. In: BONILLA, Heraclio (Org.). Los conquistados: 1492 y la población indígena de las Américas. Quito: Libri Mundi, Tercer Mundo. 1992. p. 437 – 447.

SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagens às nascentes do Rio São Francisco e pela província de Goiás. V. 2. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1937.

SILVA, Armando Correa da. As Categorias como Fundamentos do Conhecimento Geográfico. In: SANTOS, Milton; SOUZA, Maria Adélia. A. (Orgs.). Espaço Interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986.

SUASSUNA, Ariano. Entrevista. In: Dossiê Nordeste. Revista Entre Livros. Ano 1, nº 3. 2005, p. 30-40.

SUASSUNA Ariano. Romance d´A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. 5ª edição. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 2004.

SUASSUNA, Ariano. O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão – Ao sol da Onça Caetana. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1977.

SUZUKI, Júlio César. Geografia e Literatura: abordagens e enfoques contemporâneos. Revista do Centro de Pesquisa d Formação. Nº 5, set. 2017. p. 129 - 147.

SUZUKI, Júlio César. Avanços teóricos e metodológicos na leitura da América Latina: contribuições de José de Souza Martins. Cadernos Prolam/USP, V.15, Nº. 29, jul/dez.2016. p.136-157.

VALL, Eduardo Manuel; BELLO, Enzo (Org.). O pensamento pós e descolonial no novo constitucionalismo latino-americano. Caxias do Sul, RS: Educs, 2014.

A categoria paisagem no pensamento latino-americano: algumas contribuições históricas e epistemológicas de Brasil e Colômbia

Downloads

Publicado

2020-08-14

Edição

v. 14 n. 2 (2020)

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista Hum@nae o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.

  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

  3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.