Cultura do estupro: a culpa não é sua (da sociedade para vítima)
Resumo
A cultura do estupro é um tema de suma importância para ciências sociais e humanas, apesar de não ser uma temática inovadora, continua apresentando dados alarmantes e estamos diante de forte sofrimento. O objetivo desse artigo é analisar, por meio de uma revisão bibliográfica de natureza qualitativa, a construção social representativa da mulher culpabilizada tornando a cultura do estupro tolerada e naturalizada. Reflete-se acerca dos mecanismos que de forma sistemática punem e ao mesmo tempo disseminam tais fenômenos. Demostra-se uma relação de poder e controle acerca da sexualidade feminina, demarcando dessa forma papeis e punindo quem se destoa desses, somos expostos a tais condições morais, utilizados para culpabilização e julgamento da vítima. Diante do exposto, encontra-se o estupro como uma violação a qual a vítima muitas vezes sente-se culpada, promovendo um silenciamento por parte dela e tácito pela sociedade, impulsionando a subnotificação do crime e dessa forma, abrindo margens para impunidade. Sendo assim a cultura do estupro é tudo que naturaliza tais violações de direito e dignidade, em decorrência de atitudes sociais sobre gênero e sexualidade, fazendo necessária a desconstrução de “valores” sócio históricos, que legitimam tais violências.
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