Subjetivações das mulheres em mídias sociais: entre sofrimentos psíquicos e redes de apoio
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar, a partir da perspectiva da Psicologia Histórico-Cultural, os possíveis desdobramentos dos usos das mídias sociais nos processos de subjetivações das mulheres, como também identificar outras possibilidades de usos de tais tecnologias por esses grupos. A relevância deste estudo surge em um contexto onde há uma carência de publicações no Brasil sobre o tema, e possibilita novos debates sobre as relações que as mulheres estabelecem com essas redes, os modos de construção de subjetividades femininas, as diferentes formas de sofrimento psíquico nas quais as mulheres estão submetidas, e a capacidade de criação de redes de apoio e ciberativismo nestes ambientes. Este estudo também parte de uma perspectiva interseccional de gênero, considerando uma pluralidade no conceito “mulheres” e propondo articulações entre as relações de gênero, classe e raça em sua análise. Tal recorte também se faz necessário, pois entende-se que a experiência do sofrimento psíquico se manifesta de formas diferentes entre mulheres e homens. Desta forma, utilizou-se como método de pesquisa a revisão de literatura, buscando articular o tema estudado com autoras/es como Byung-Chul Han, González Rey, Naomi Wolf, Pierre Lévy e Valeska Zanello. Portanto, concluímos que as mídias sociais exercem influências e desdobramentos que marcam as subjetividades femininas de forma antagônica, pois, se por um lado elas criam novas demandas e problemáticas, elas também oferecem a possibilidade de transformação de suas vidas através da troca de conhecimentos, da consolidação de redes de apoio e pela reivindicação de direitos.
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