Balanços e demonstrações financeiras na primeira década da formação do Brasil Imperial
Resumo
Os anos de transição do Reino do Brasil para o Império Independente do Brasil foram marcados por inúmeras dificuldades financeiras, não apenas no que concerne a quantidade de dinheiro que tinha nos cofres ao longo das província. Os obstáculos eram muitos e desafiadores para uma grande diversidade de pensamentos das elites locais e que formavam a nacional. Leis portuguesas no início foram estendidas até que fossem elaboradas outras no Brasil. Essas prorrogações legais ao se falar especificamente sobre fisco e finanças, apenas confirmaram a troca do centro europeu lisboeta para o centro americano fluminense. Outro desafio foi a padronização das demonstrações entre as províncias, cada uma informava de uma maneira distinta em tempos distintos, o que levanta vários debates sobre tais demonstrativos. Alguns levantaram a hipótese de desvios ou mesmo repugnâncias dos dirigentes provinciais em cumprir as obrigações que a eles cabiam. Outra hipótese debatida na historiografia nacional foi que a independência deixou um corpo de servidores públicos com uma menor capacidade técnica e educacional aqui no Brasil, parte dela voltou à Portugal. Porém, a maior dificuldade em ter as informações bem-organizadas foi política, pois a primeira década de independência não viu o legislativo nacional aprontar uma carta orçamentária, levando a inúmeras indisposições com o Imperador, que assina a primeira carta de 1831, mas não a realiza por causa de sua abdicação em 07 de abril daquele ano.
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